No alto da montanha...

No alto da montanha...
Capilla del Monte - Cerro Uritorco - Argentina

quinta-feira, 21 de março de 2013

Menos de 24 horas, três cidades e cinco habitações


Quarta - feira deixei o hostel San Marcos que eu tanto estava gostando e o povoado que me encantou. Mas sai tranqüila, olhando à frente. Peguei o ônibus 13h da tarde e cheguei em Córdoba às 17h.

Antes de sair de Córdoba eu já tinha ido conhecer um hostel, exatamente para o caso de precisa de dormir algum dia entre uma viagem e outra. Interessei-me muito pelo que havia na Rua Entre Rios porque era na rua de trás da casa onde eu estava vivendo. Assim era um ponto de fácil acesso. Além do mais o hostel é credenciado em uma rede mundial que eu conheço e, logo, parecia-me confiável. Assim, quando cheguei de viagem, já fui logo para lá, até porque eu tinha muita pressa para resolver as coisas das papeladas do concurso.

Quando cheguei no hostel pedi para ver a habitação compartida, como de costume. Eu vi que tinham duas pessoas dormindo e pensava que era um homem e uma mulher. Beleza, parecia tranqüilo, mas não bisbilhotei muito para não incomodar os dorminhocos. Voltei para a recepção para fazer meu cadastro e depois me adentrei ao quarto com minha mochila. E aí.... socorroooo!!! Heheh Tinham eram três homens esquisitos e chulezentos. Eu me senti uma carne no meio dos tigres e sai correndo de lá. Sai correndo por dois motivos, um é que eu jamais teria coragem de dormir em um lugar que não estou me sentindo bem e outra que eu tinha acabado de escrever para o meu pai que ele poderia ficar tranqüilo, que eu estava consciente das minhas escolhas e dos lugares onde iria me meter. E aquele lugar na certa não era agradável nem para mim, nem para o coraçãozinho do meu pai. Mas eu tinha um tempo muito curto, antes do correio fechar e uma mochila muito pesada. Não dava para ir para muito longe. Aí voltei para recepção e disse para a moça que eu só ficaria lá se ela me mudasse para um quarto com mulher, mesmo que fosse mais caro. Ela me mostrou outro que só tinha uma menina e fechamos assim. Quando eu voltasse da rua íamos fazer as transferências.

Aí fui resolver minhas coisas como um trem bala de pressa e de emoção de estar enviando os documentos para receber meu prêmio. Nossa... até tremia. No caminho, em um dos lugares que mais gosto, encontrei com o amigo mais que especial que fiz em Córdoba, uma pessoa que ficará guardada no meu coração com um grande carinho. E por estarmos conectados com sentimentos bonitos no coração ele me deu um abraço de despedida de uma forma que eu nunca tinha recebido. Ele me ensinou que temos que abraçar para o lado direito, de forma que os corações se encontrem ao centro. Foi um abraço amigo, forte e bonito. Vai ficar registrado!

Bom, resolvi a papelada, despedido do amigo e voltei para o hostel. Peguei minha mochila no quarto do chulé como uma fugitiva, kkk. Corri para o quarto da mocinha. A garota era uma gracinha, estudante de teatro e super tranqüila. Conversamos um pouco e ali eu estava bem melhor. Mas não fiquei por muito tempo no quarto porque disse a Melyssa que ia visitá-la. Quando sai para seu encontro ela disse que estava na casa do Mário, que é o nosso amigo em comum. Mário vive exatamente entre a casa de Melyssa e o Hostel e eu passei por lá para encontrar com os dois. Depois dei um pulinho na casa da Maria Rosa e combinei com ela que quando eu voltar das Serras para ir para o norte vou dormir no quarto da Melyssa, para evitar de voltar para o hostel.

Depois eu e Mely fomos jantar na casa do Mário. Hum que delícia, uma comida colorida cheia de salada. Papo vai, papo vem, no final da noite eu contei para eles sobre minha experiência no hostel. E Mário instantaneamente me respondeu: “Kelly, penso que você me conhece bem então acho que posso te fazer esse convite tranqüilo. Você vai vir para cá!” Em resposta eu fiquei falando o quanto não queria incomodar e ele já pulou logo para a frase, você não tem opção, vai sair desse lugar e vai vir para cá, não vai ficar lá não. Rs. Eu sabia o quanto podia confiar nele e aceitei o convite/intimado. Fui buscar as minhas coisas no hostel e para a minha surpresa a menina da recepção me respondeu, em outras palavras, que estava com preguiça de me cobrar e de calcular como poderia ficar o preço. Assim, sai sem pagar nadinha. Fui para casa onde pude tomar um banho quentinho, dormi com cobertas limpas e ainda ganhei suco de laranja e chá no café da manhã.

Segui de volta para as Sierras, dessa vez para Capilla del Monte, que é pertinho de San Marcos. Fiz de volta todo o trajeto que eu tinha acabado de fazer na tarde anterior. Cheguei e fui para o Hostel Los Tres Gomes que eu havia pesquisado na internet. Um pouquinho mais caro também, mas lindo até. Um Hostel que ao mesmo tempo é colorido, jovem, alegre e organizado, limpo, bonito. Além de tudo estou no quarto compartido, mas que não tem mais ninguém além de mim.

O que eu já vi é que aqui vai ser difícil escolher o que fazer, porque tem muita opção de atividades naturais para poucos dias...

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