Bom, eu e essa turma fomos para o Carnaval de Murgas no Parque Sarmiento. Foi a primeira vez que visitei o parque, mas como o evento era logo na entrada não conheci muita coisa, mas pude ver que era um lugar muito agradável, de bastante verde. A festa foi super tranqüila e divertida ao mesmo tempo. Era um desfile de vários grupos de Murgas. Foi uma apresentação muito nova para mim, um estilo de dançar totalmente diferente e interessante. Muito popular! Haviam adolescentes, adultos e criancinhas muito pequenas se apresentando. Impressionante o tamanhozinho dos meninos e meninas de caras pintadas que dançavam até deitar no chão. Achei curioso também que não se estava vendendo nenhum tipo de bebida alcoólica, e mesmo assim o público estava ali, grande e alegre. É bem verdade que tenho gostado muito de tomar um Fernet, mas me encanta a iniciativa de um evento sem álcool e mais ainda a resposta do público de se divertir bastante da mesma forma. Penso que poderia ser assim em muitos outros lugares!
Chegamos por volta de umas 20 e
saímos umas 23h do Parque. Ainda estava muito cedo para voltar para casa e
fomos para a casa de uma das francesas. Aí a turma triplicou. A casa era de
estudantes, então nos juntamos a mais argentinos e colombianos. Só gente boa! No
Parque eu também havia me encontrado com Rafael, garoto que conheci no primeiro
carnaval e que depois fui a um churrasco na casa de seu amigo. Rafael é um
cantor, tocador, dançarino e conquistador barato. Kkk. Ele me diverte por ser
assim. Ele está sempre em busca de um alvo e é um cara muito alegre. Acabei fazendo
um acordo com ele, ele me ensina a dançar e eu o ajudo nas suas conquistas. Assim,
apresentei uma das francesas para ele e não tardou para ele aparecer com seus
amigos e violão na casa em que estávamos. Virou uma mistura enorme de gente. Adoro
isso! O Rafael conquistador não conseguiu atingir a sua mira francesa, mas... oba,
enquanto todo mundo estava sentado batendo papo, estávamos nós dançando. Hehe. Aqui
não tenho mesmo vergonha de errar e descobri que somos tão mais felizes sem
vergonhas bobas. Ele me ensinou um pouquinho de Quarteto e um pouquinho de Cumbia.
Não deu para aprender de verdade não, mas deu para rir bastante.
Lá pelas tantas da manhã estávamos
todos com muito frio e resolvemos ir conhecer os tão famosos “boliches”, que
são tipo as boates daqui, não tem nada a ver com o boliche jogo. Por todos os
dias que estou aqui dizia que não ia em um lugar desses de jeito nenhum. Mas naquele
frio não demorei muito a mudar de idéia. E mudei de idéia também porque eu
gosto de conhecer os lugares que são “típicos” da vivencia das cidades que
estou conhecendo. Então encarei tipo como uma experiência antropológica. E acima
de tudo fui porque sabia que estava com uma galera bacana, que também tem
gostos como o meu, então eu não ficaria muito deslocada. Fomos e na primeira em
que entramos estava simplesmente insuportável de ficar. Um lugar lotado, todo
mundo espremido e o que estava tocando????? Axé e funk brasileiro. Ah nem,
senti vergonha quando percebi que o povo pensa que isso é a música de verdade
do Brasil. Ah, nenhum de nós agüentamos e saímos de lá rapidinho. Fomos para outro
“boliche” e aí sim, confesso que até gostei um pouquinho. Deu para divertir um
pouco mais porque também tocava Cumbia e Salsa que são coisas que realmente
gosto e isso dava para eu me mexer alegre de verdade, ainda mais com o Deus
Grego dançando comigo, hehe.
Às seis da manhã acabou a farra e
voltamos todos contentes. E eu feliz também por ter encontrado “gente como a
gente”, gente com coisas em comum a mim. Tem momentos que isso me parece difícil
de acontecer. Sei lá se sou meio ET, mas vai ter gente diferente assim viu... E
esse encontro acabou renovando o meu astral que havia dado uma baixa na última
semana.
A única coisa muito chata que
aconteceu, enquanto voltávamos, foi que a francesa foi “meio” roubada. A brasileira
que eu conheci no ônibus do Brasil para Argentina havia me alertado que aqui
não tem muito assalto à mão armada, mas que havia muitos furtos discretos e
ligeiros. E assim foi! Aqui as pessoas andam nas ruas por toda à noite. Como é
uma cidade universitária, não existem ruas desertas no centrão. Então é comum
que as pessoas circulem de madrugada andando a pé mesmo. Mas tem que estar
sempre alerta, como em todo lugar! Voltávamos em grupo, caminhando e quando
atravessamos a rua, em menos de um terço de segundo um motoqueiro com um garupa
passou e puxou a bolsa da garota. A sorte foi que ele só levou a bolsa, porque
ela se abriu e todas as coisas caíram no chão e assim a francesa conseguiu
recuperar tudo de importante. Parece-me que esse tipo de assalto é muito comum
aqui!
No domingo eu e meus hermanos fomos juntos ao cinema. Fomos assistir "As aventuras de Pi" em 3d. Geniallll!!! Adorei o filme, gostei muito de sair com os dois hermanos e fiquei mega feliz que pude assistir a um filme em espanhol e entender tudo. Tá certo que grande parte era mais imagem do que fala, mas eu estava contente mesmo assim. rs. O filme é mega interessante e eu recomendo demais à todas as pessoas assistirem em 3d. As cenas da natureza são lindíssimas. O problema é só que no meio do temporal do filme eu ficava sem ar, como se a tempestade estivesse realmente em cima da minha cabeça e eu fosse morrer afogada, rsrs. Não sei porque tenho que ser sensitiva com filmes!
Depois do cinema encontrei com a turma de franceses de novo e a Melyssa foi comigo. Fomos primeiro à Plaza Intendencia onde as pessoas se reúnem semanalmente para dançar salsa. Achei genial, uma caixa de som no meio do piso, que virou uma pista, e o povo bailando. O problema foi só que chegamos um pouco cedo e o movimento estava um pouco parado. Assim não ficamos muito e caminhamos para a tão querida feira de artesanatos. Em seguida rodamos até encontrar um lugar para sentar e comer. Aí Rafael, conquistador, ligou para a francesa chamando para um bar onde ele e seu amigo iam tocar. Fomos a turma toda para lá. Adorei, tocaram Caetano Veloso, Sozinho para mim, bom demais! Mas logo voltamos, todos, porque o cansaço do dia anterior falou mais alto.
Depois do cinema encontrei com a turma de franceses de novo e a Melyssa foi comigo. Fomos primeiro à Plaza Intendencia onde as pessoas se reúnem semanalmente para dançar salsa. Achei genial, uma caixa de som no meio do piso, que virou uma pista, e o povo bailando. O problema foi só que chegamos um pouco cedo e o movimento estava um pouco parado. Assim não ficamos muito e caminhamos para a tão querida feira de artesanatos. Em seguida rodamos até encontrar um lugar para sentar e comer. Aí Rafael, conquistador, ligou para a francesa chamando para um bar onde ele e seu amigo iam tocar. Fomos a turma toda para lá. Adorei, tocaram Caetano Veloso, Sozinho para mim, bom demais! Mas logo voltamos, todos, porque o cansaço do dia anterior falou mais alto.
Esse foi um fim de semana muito
bom e que literalmente sacudiu meu astral!
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