Nesses dias longe de casa conheci
coisas fantásticas e tive um encontro muito importante comigo mesma.
Contraditoriamente, sinto que esse foi o encontro mais importante da minha
viagem, mas pouco sei falar sobre ele. Não... não cheguei à muitas conclusões
depois de 70 dias de reflexão, não cheguei ao lugar ao sol, não tenho idéia do
que quero fazer da minha vida. Mas a diferença de quando cheguei e de hoje é
que agora me sinto muito mais tranqüila com tudo isso. Sinto tranqüila por ter
tido um tempo para pensar em mim, mesmo não chegando aos fatos concretos. Sinto
que não necessito de todas as respostas agora, mas que fiz o mais importante
que foi olhar para dentro de mim!
Descobri coisas simples, mas que
talvez eu nunca tivesse prestado atenção, ou que talvez tenham surgido somente
agora no tempo da calmaria ou das novidades. Para começar, descobri esse blog. Eu
não consegui fazer um blog informativo sobre os lugares que conheci, mas
registrei as sensações e os sentimentos que passaram por mim. Descobri que
gosto muito de escrever, mas sem imposições, sem pressão, data ou motivo
específico.
Descobri que adoro fotografar e ver
fotografias. Eu até tiro fotos das cidades, mas as fotos que eu mais gosto são
das folhas, das luminárias, das calcinhas e meias penduradas nas janelas, das
cores, dos toques da vida.
Interesso-me em conhecer as
capitais, mas descobri que entre parar nas grandes cidades ou nas árvores,
mesmo que sem nada ao seu redor, prefiro ficar com a segunda opção.
Descobri que cada vez gosto menos
das relações superficiais e me encanto com sorrisos sinceros.
Insisto em tentar, mas não
consigo rezar de jeito nenhum, mas descobri que gosto de conversar com as
pedras, o sol, as montanhas, as estrelas e assim sinto a divindade dentro de
mim e isso me traz um estado de contentamento indescritível.
Descobri que gosto muito de um carinho, mas descobri também que adoro ficar sozinha. Minha
companhia pode ser boa e muitas vezes suficiente a mim mesma.
Descobri que tenho um desapego
maior que eu sabia, mas que ficar longe das minhas verdadeiras amigas é mesmo difícil
demais.
Estou aprendendo a limitar as
palavras. Descobri a importância do silêncio.
Passei a sonhar coisas novas que
nunca me permiti a sonhar e fico nervosa quando alguém me diz que parece conto
de fadas. Fico nervosa porque talvez no fundo até concordo que meus sonhos
podem ser irreais, mas descobri que não me importo mais em sonhar com o irreal.
Descobri que sou muito mais
corajosa e menos fresca que eu pensava, mas ainda não aprendi a tomar banho de
água gelada e a dormir em barraca quando faz muito frio.
No vazio da resposta à pergunta: “O
que você gosta de fazer nos horários vagos Kelly?” Eu descobri que necessito
urgentemente descobrir isso.
E como não podia faltar, descobri
que amo viajar!
Muito legal o seu blog. Seus textos são simples, sinceros e gostosos de ler. Se me permiti uma crítica, em alguns momentos seu texto me pareceu um pouco desorganizado e com ideias incompletas. Mas tua historia me ensinou muito sobre muita coisa, obrigado! Além de me inspirar a viajar e contar as minhas próprias histórias.
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